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Saiba tudo sobre as doenças da Tiróide


Em Portugal existe cerca de um milhão de pessoas com patologia da tiróide. Fique informado sobre as doenças da tiróide, os seus sintomas e quais os tratamentos que pode recorrer. Descubra ainda a Associação de Doenças da Tiróide e o seu trabalho junto da população.

O que é a tiróide e para que serve?
A tiróide é uma glândula que produz hormonas que são libertadas para a circulação sanguínea, as hormonas tiroideias (T3 e T4). Estas são essenciais à nossa vida e exercem inúmeros efeitos no funcionamento do organismo, do metabolismo e do crescimento. As hormonas tiroideias regulam a velocidade com que as nossas células trabalham. No caso de existir um aumento na produção de hormonas tiroideias, significa que o organismo está acelerado e que a frequência cardíaca aumenta. No caso de existir uma menor produção a frequência cardíaca diminui.

Que tipo de doenças da tiróide existem?
As doenças tiroideias são bastantes comuns, principalmente na população feminina.
Mas existem diversas doenças da tiróide, sendo as mais conhecidas:
Hipertiroidismo- Surge quando a glândula tiróide produz uma maior quantidade de hormonas. Ao existir um excesso de hormonas tiroideias o organismo fica mais acelerado e pode causar problemas em alguns dos órgãos, nomeadamente no coração.
Hipotiroidismo- É o contrário do Hipertiroidismo. Surge quando há uma quantidade insuficiente no sangue de hormonas tiroideias, comprometendo o funcionamento de todo o organismo.
Doenças Auto-imunes- São causadas por anticorpos dirigidos contra a glândula tiróide. Estes podem estimular ou destruir a tiróide. A Doença de Graves e a Tiróidite de Hashimoto são exemplos destas doenças auto-imunes.
Bócio- É quando a tiróide aumenta globalmente o seu tamanho.
Nódulos- Lesão sólida com mais de 1 cm de diâmetro. Podem aparecer como únicos ou múltiplos e benignos ou malignos.
Cancro da Tiróide- É um tumor maligno que aparece sob forma de nódulo no pescoço, e normalmente sem sintomas. Apenas cerca de 5 a 10% destes nódulos tiroideus são malignos.



Sinais e sintomas que deve estar alerta:


Hipertiroidismo – Os sinais e sintomas não passam normalmente despercebidos. Costuma existir um aumento de volume da tiróide, da fadiga, da ansiedade, palpitações, insónias, tremor fino das mãos e perda de peso. Alguns dos outros sintomas são a intolerância ao calor, a queda de cabelo, Diarreia, fraqueza muscular nos ombros, braços ou coxas.

Hipotiroidismo- Os sintomas são variados e geralmente aparecem progressivamente. São exemplos disso: o aumento da sensibilidade ao frio, a fadiga, o cansaço fácil, cabelo fino e quebradiço, ligeiro aumento de peso, mialgias e parestesias.

Como surgem os Nódulos?

Embora não se saiba normalmente a causa do aparecimento, alguns dos registos indicam que as causas podem estar ligadas à deficiência de iodo, ao aumento difuso provocado por doenças auto-imunes como a Doença de Graves e a Tiroidite de Hashimoto, alguns medicamentos e alguns químicos específicos. Outras das causas são a exposição a grandes quantidades de radioactividade ou causas genéticas.

Cancro da Tiróide
 Qualquer pessoa pode estar sujeita ao cancro da tiróide. Os poucos factores de risco conhecidos são a radioterapia à cabeça, ao pescoço ou ao tórax, mas também incidências familiares. A maioria dos nódulos que aparecem são benignos e apenas cerca de 5 a 10% é que são de origem maligna.

Como é diagnosticado?
Por vezes é detetado um nódulo, através da apalpação do pescoço, pelo doente ou num exame de rotina. Mas na grande maioria é detetado através de exames médicos, como ecografias, TAC, análises ao sangue à função tiroideia e uma citologia. Apenas em casos específicos é que é feita uma cintigrafia.

Como é tratado o cancro da tiróide?
Em caso da citologia diagnosticar um tumor maligno, deve ser efetuada uma cirurgia com a remoção total da glândula tiroideia e todos os gânglios linfáticos suspeitos, se existirem.
Após a cirurgia é necessário fazer um tratamento, com hormona tiroideia ,T4-levotiroxina, ou em outros casos efectuar um tratamento com iodo radioactivo. As escolhas destes deve-se à necessidade de cada doente, segundo o resultado da remoção do tumor.

Qual a importância da vigilância periódica?
Manter a vigilância periódica é essencial, embora 80% dos casos terem cura, existe a hipótese de uma recidiva. Em 20% dos casos pode haver disseminação a nível dos gânglios do pescoço e a outras metástases. Por isso, os médicos aconselham os doentes com cancro da tiróide que mantenham vigilância regular nos primeiros 5 a 10 anos, mas também para o resto da vida.


ADTI – Associação das Doenças da Tiróide

Para aqueles que precisam de apoio especializado, podem recorrer à ADTI, onde serão devidamente aconselhados. Falámos com a Drª Celeste Campino, Presidente da Direcção da ADTI para saber um pouco mais sobre a associação. A ADTI é uma associação de âmbito nacional, e por ter sido a primeira associação criada em Portugal nesta área, veio preencher uma lacuna que existia relativamente às doenças da tiróide. Temos procurado divulgar as doenças da tiróide junto da população, promover a sua prevenção e apoiar os doentes através do nosso excelente Corpo Clínico, tendo alcançado até agora ótimos resultados. A ADTI integra desde a sua génese a Thyroid Federation Internacional, uma organização internacional que congrega todas as associações das doenças da tiróide”, afirma a Drª Celesta.

A ADTI conta atualmente com 150 associados e 500 participantes. Embora seja uma associação bastante jovem e composta por apenas voluntários, realiza anualmente algumas excelentes iniciativas com os poucos meios que têm. “Uma das nossas grandes preocupações é aumentar a consciencialização sobre a saúde da tiróide, procurando sensibilizar a população para problemas como, por exemplo, o hipotiroidismo, o hipertiroidismo e o cancro da tiróide e divulgando resultados de investigação sobre estas doenças. Anualmente, a ADTI comemora o Dia Mundial da Tiróide (25 maio), com Iniciativas o mais abrangentes possíveis, e comemora, também, a 24 de setembro, o Dia de Sensibilização para o Cancro da Tiróide. A ADTI tem colaborado com serviços de endocrinologia de alguns hospitais, com centros de saúde, clínicas, farmácias, etc. É com muito, muito gosto que temos colaborado com o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, promovendo junto da população sessões públicas de informação e divulgação das doenças da tiróide, nomeadamente cancro da tiróide, bem como as respectivas causas, formas de diagnosticar e tratar. Temos também o enorme privilégio de ter o apoio e constante colaboração do Grupo de Estudos da Tiróide da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, o que nos proporciona informação de excelência para os nossos associados.”

A grande maioria dos associados procura junto da ADTI esclarecer inúmeras dúvidas após o diagnóstico da doença. “As pessoas procuram principalmente informações relacionadas com o problema que lhes foi diagnosticado, com especial incidência na melhoria da sua qualidade de vida. Nota-se um grande interesse em saber as alternativas terapêuticas existentes, os cuidados a ter, de modo a minimizar o impacto da doença no dia-a-dia, mesmo a nível de medidas simples como cuidados de alimentação, por exemplo. São também frequentes as dúvidas relativamente ao impacto a longo prazo da doença.”


A Drª Celeste Campino fala da dificuldade que têm sentido para angariar novos sócios e colaboradores voluntários. Quanto ao futuro, espera conseguir aumentar o número de associados mas não só. “A ADTI, para além de pretender continuar a apoiar os seus associados, continuará a apostar na divulgação, pois há necessidade de fazer crescer a associação. No ano 2015, teremos, como tem sido habitual, no mínimo duas Iniciativas e em princípio, participaremos num importante documentário sobre a tiróide, em parceria com o IPATIMUP”.  Para saber mais sobre as doenças da tiróide, visite o site da associação (www.adti.pt) e encontrará toda a informação necessário se quiser tornar-se associado.
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